Rio de Janeiro, domingo, 6 de julho.
Policiais, em uma viatura, supostamente perseguindo um automóvel com sujeitos que haviam praticado roubos, têm sua passagem na via liberada por um terceiro veículo, que, ao que parece ajuda a força pública na perseguição.
Note-se: a polícia persegue um carro escuro - FIAT Stilo conforme está se apurando.
O carro que dá pasagem é um FIAT Palio Weekend. Bastante diverso. De qualquer ponto de vista. Afora a cor - mas nem nisso são equivalentes.
Não obstante, policiais descem e abrem fogo contra o veículo que acabara de lhes dar passagem na via pública.
O carro não é tripulado por supostos delinquentes. Não há troca de tiros. Nem suposta [putativa] ameaça à integridade dos agentes policiais.
E, sim, por uma mãe com duas crianças, ambas no banco traseiro.
Ao ter o carro alvejado, em desespero pela vida sua e dos seus, a mãe joga uma bolsa característica de carregar materiais de nenê porta afora.
Seguem os disparos. Dezesseis no total.
Uma criança de 4 anos é acertada duas vezes. Morre.
Afora o choque - ainda me choco com algumas coisas, resta a pergunta, imortalizada pelo rock-denúncia dos Titãs:
"polícia - para quem precisa?
polícia - para quem precisa de poíicia?"
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